}

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Lutas/ Enterre meu coração

E já que estamos a falar sobre cultural porque não apreciarmos nosso querido Caetano Velosso que em um artigo expressa muito bem sua indignação diante da demolição da Aldeia Maracanã que para o nosso Governador está no caminho da copa, ''Segundo o governador Sérgio Cabral, a área da aldeia e o antigo prédio do Museu do Índio devem dar lugar aos novos acessos para o Maracanã.'', #tadesacanagem (só lembrando que os indígenas receberam uma ordem de despejo de 1o dias) !!!
Vamos curtir Caetano Velosso:
Lutas
''Enquanto escrevo (às pressas para não perder o voo para a Bahia), meus amigos do Rio estão guardando a Aldeia Maracanã, que recebeu, com a permissão finalmente dada por Eduardo Paes, o que parece ser um golpe fatal.
Eu quase que ainda sou do tempo do Largo do Maracanã da valsa, anterior à construção do estádio Mário Filho (só o Nelson Rodrigues chamava o estádio pelo nome oficial).
Maracanã, esse nome indígena das aves verdes que soam como chocalhos espargidos no ar. Cuiubas, Maitacas e maracanãs passavam pelo céu de Santo Amaro na minha meninice. Será que a vulgaridade que ronda a atual administração estadual (sublinhada pela municipal) vai tomar conta do entorno do Maraca? Um prédio que foi o Museu do Índio, que tem a história ligada ao glorioso Marechal Rondon e que hoje se chama Aldeia Maracanã não pode ser posto abaixo. Ou será que já devo escrever "não poderia ter sido posto abaixo"?''

domingo, 20 de janeiro de 2013

A aldeia Maracanã/ Enterre meu coração

VOLTEI GALERA!!!!
Enfim, dessa vez estamos em caráter especial, cobrindo os últimos acontecimentos sobre a ''Aldeia Maracanã, aliás você sabe o significado de Maracanã? Significa na língua Tupi "semelhante a um chocalho'' e antes da construção desse tal estádio existia uma quantidade relevante de aves chamadas maracanã-guaçu .
Aproveitando para chamar vocês para o evento que vai ocorrer lá na UERJ galera:  ''Enterrem Meu Coração Na Aldeia Maracanã''
Motivos para não demolir o prédio:
Voltamos ao assunto sobre a aldeia/ Museu do Indio, a FIFA afirmou que não exigiu a demolição do local, contrariando nosso querido governador.
Evidentemente dá para perceber que se trata de um prédio histórico com cerca de 147 anos o que por si só não permiti a demolição do prédio segundo uma lei municipal.
Além de abrigar a Família Real na época da Monarquia, foi o 1º Museu indígena da América do Sul.
No projeto dos indígenas é que o prédio abrigue um centro de cultura indígena e uma Universidade Indígena, como havia sido idealizado por Darcy Ribeiro e Marechal Rondon anos atrás.

Trechos em que se apoia o abaixo assinado

Com base no Artº 1º do Decreto-Lei nº 25 de 30 de novembro de 1937, que diz: “Constituem o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico”

Artigo 216, da Constituição Federal de 1988, que diz: “Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
…§ 1º – O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.”
Minhas Palavras finais:
E... Como diz minha professora ''enterre seu coração na Aldeia Maracanã'', porque isso que o nosso governador esta tentando fazer, é assassinar uma história, que por anos já foi massacrada, isso é uma tentativa de assassinato a uma cultura.
Lembre sempre que a origem do nome Maracanã vem do Tupi, então não deixe esse nome ser em vão, eu quero ouvir de novo as penas verdes cantando o meu amor,
eu quero saber que a minha história continuará,
eu quero mudar essa história nem que seja com meu coração enterrado
sobre aquela areia.